domingo, 24 de outubro de 2010

Nasa estipula em 4 bilhões de litros volume de água dentro de cratera lunar

Em 2009, a Nasa (agência espacial norte-americana) abriu uma cratera lunar em busca de água, mas não sabia exatamente o que encontraria. Agora, novas pesquisas apontam que cerca de 150 litros de gelo e vapor foram liberados durante a experiência.

À primeira vista, pode não parecer muito --150 litros é o que uma máquina de lavar comum comporta--, mas representa o dobro do volume que os pesquisadores esperavam encontrar.

A descoberta vai contra todo o argumento anterior de que a Lua é seca e um lugar desolado que não contem água. E pode haver mais.

Segundo o chefe da missão da Nasa, Anthony Colaprete, calcula-se que haja 4 bilhões de litros de água na cratera, o que seria suficiente para encher 1.500 piscinas olímpicas.

A estimativa representa apenas o que os cientistas puderam observar depois do impacto do Lcross (Satélite de Sensoriamento e Observação de Cratera Lunar) ao polo sul da Lua, em 9 de outubro do ano passado, para abrir a cratera.

A notícia chega no mesmo ano em que os EUA decidem não mais enviar uma missão tripulada à Lua em 2020 devido à falta de verbas, além de passar as viagens de ônibus espaciais para a iniciativa privada.

MAIS ELEMENTOS

A missão envolveu o arremesso, a uma velocidade de 9.000 km/hora, de um foguete vazio contra a cratera Cabeus. Da colisão, surgiu uma enorme nuvem de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos.

Uma segunda nave mergulhou na nuvem de destroços levantada pela colisão e usou instrumentos para analisar sua composição, antes de também atingir a Lua.

O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro da cratera.

Além de água, a nuvem continha monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, sódio, mercúrio e prata.

"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown University, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas na revista "Science".

As primeiras descobertas do experimento da Nasa foram divulgadas em novembro de 2009, mesma época em que foi anunciada a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na Lua.


Fonte:Folha.com

sábado, 23 de outubro de 2010

Nasa fotografa momento em que supermancha solar lança labaredas no espaço

A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou nesta quinta-feira em seu site a imagem da supermancha solar batizada de 1112, no exato momento em que lançava labaredas no espaço.

Até hoje, nenhuma explosão produziu uma ejeção expressiva de massa coronal (partículas de altas energias) em direção ao planeta Terra.

Outro dado importante é a existência de um grande filamento magnético cortando o hemisfério sul do Sol. Ele é tão extenso, que ultrapassa a distância que separa a Terra da Lua --cerca de 380 mil quilômetros.

É possível identificar um ponto brilhante um pouco acima do filamento --a radiação ultravioleta da supermancha solar. Se ocorresse uma explosão, toda a estrutura entraria em erupção.

Fonte: Folha.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dupla de cientistas propõe mandar astronautas em viagem só de ida a Marte

Perigos da permanência no espaço cairiam pela metade e humanidade ganharia um 'bote salva-vidas'

Uma das grandes dificuldades do envio de astronautas a Marte está na duração da viagem. Com a tecnologia disponível hoje, uma nave tripulada levaria pelo menos seis meses para chegar ao planeta vermelho e mais seis na volta. Esse período prolongado de exposição à radiação do espaço e à microgravidade representa um risco para a saúde humana. Em artigo no periódico científico online Journal of Cosmology, uma dupla de pesquisadores propõe uma forma radical de reduzir o perigo pela metade: eliminar a viagem de volta.
De acordo com o artigo, a viagem só de ida traria ainda uma grande redução de custos em relação às perspectivas de missões de ida e volta, além de garantir um firme comprometimento com a exploração do planeta vermelho, já que os colonos precisarão, no início, receber remessas de suprimentos enviados da Terra.

A despeito disso, o primeiro contingente de astronautas teria de fazer uso intensivo de recursos naturais marcianos, como água - sondas robóticas já demonstraram que algumas regiões de Marte têm gelo no subsolo - e abrigar-se em cavernas.

O que não puder ser produzido em Marte seria enviado da Terra em missões de suprimentos. "Essa fase semiautônoma pode durar décadas, talvez séculos", reconhecem os autores.

Na visão dos autores, os quatro pioneiros seriam apenas os primeiros moradores de uma ocupação crescente do planeta.

Veja a reportagem completa clicando aqui:Estadão.com

Astrônomos anunciam idade do objeto mais antigo já observado

Hoje em dia a galáxia é tão velha que provavelmente não existe mais em sua forma original

Pesquisadores acreditam ter encontrado a coisa mais antiga já avistada no Universo: uma galáxia muito, muito distante, de muito tempo atrás.
Escondida numa imagem do Telescópio Espacial Hubble divulgada meses atrás há uma pequena mancha de luz que, de acordo com cálculos feitos por astrônomos europeus, é uma galáxia de 13,1 bilhões de anos atrás.
Esta é uma época em que o Universo era extremamente jovem, com apenas 600 milhões de anos. Isto faz dela a galáxia mais primitiva e mais distante já avistada.
Hoje em dia a galáxia é tão velha que provavelmente não existe mais em sua forma original e já se fundiu com as vizinhas, disse Matthew Lehnert, do Observatório de Paris, principal autor do estudo publicado na revista científica Nature.
"Estamos olhando para o Universo quando ele tinha 5% de sua idade atual", disse o astrônomo do Instituto de Tecnologia da Califórnia Richard Ellis, que não tonou parte no estudo. "Em termos humanos, estamos olhando para um menino de quatro anos dentro do tempo de vida de um adulto".
Embora Ellis considere a base do trabalho "muito boa", houve outras alegações sobre a idade de objetos cósmicos que não sobreviveram a uma análise mais aprofundada, e há céticos em relação a este último. Mas todos consideram o trabalho importante.
Os astrônomos europeus calcularam a idade da galáxia depois de 16 horas de observação em um telescópio no Chile, que buscou assinaturas na luz do gás hidrogênio.
Há alguns meses, astrônomos estimaram que os pontos mais distantes na foto do Hubble, apresentada numa reunião de cientistas em janeiro, seria de 600 milhões a 800 milhões de anos após o Big Bang.
No estudo mais recente, os pesquisadores focalizaram uma única galáxia na análise da assinatura do hidrogênio, refinando a estimativa de idade. O pesquisador Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, que foi o responsável pela imagem do Hubble, disse que o novo trabalho fornece confirmação para a idade usando uma técnica diferente, algo que considera excepcional "para objetos tão tênues".
A galáxia não tem nome - apenas letras e números. Por isso, Lehnert e colegas decidiram chamá-la de "bolha de alto desvio para o vermelho".
O que é mais interessante para os cientistas é que a descoberta se encaixa nas teorias de quando as primeiras estrelas e galáxias nasceram.

Fonte:Estadão.com

Cientistas do Cern esperam revelar dimensões ocultas em 2011

Universos paralelos e forma desconhecidas de matéria também estão na agenda do LHC

Físicos que sondam as origens do Universo esperam, no próximo ano, conseguir as primeiras provas a respeito da existência ou não de coisas como Universos paralelos e dimensões ocultas.
À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) intensifica suas atividades, eles falam com cada vez mais entusiasmo da "nova física" que pode estar no horizonte e que tem o potencial de mudar as ideias correntes sobre a natureza e o funcionamento do Universo.

"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras... Esse não é o material de ficção científica barata, mas teorias físicas concretas que cientistas estão tentando confirmar com o LHC e outros experimentos".
É assim que os membros do Grupo Teoria do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) descrevem a situaçõe, num boletim produzido para o público interno.
O otimismo entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern vem crescendo depois do início turbulento das atividades do gigantesco colisor de US$ 10 bilhões.
Neste mês, o diretor-geral Rolf Heuer disse aos funcionários que prótons estão colidindo ao longo do anel subterrâneo de 27 km numa taxa de 5 milhões por segundo duas semanas antes da data esperada.
No ano que vem, as colisões vão ocorrer - se tudo seguir de acordo com os planos - numa taxa que produzirá uma quantidade colossal de dados para análise.
As colisões, à beira da velocidade da luz, recriam o que existia uma pequena fração de segundo após o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos.
Os teóricos do Cern dizem que as colisões poderiam dar sinais claros da existência de outras dimensões além de largura, comprimento, altura e tempo, porque fragmentos de colisões de altíssima energia poderão ser rastreados desaparecendo - provavelmente mergulhando numa dimensão oculta - e depois ressurgindo.
Universos paralelos também podem estar escondidos nessas dimensões, dizem algumas teorias.

Fonte:Estadão.com