sábado, 28 de agosto de 2010

Sistema estelar binário aumenta chance de colisão de planetas

Sistemas binários próximos podem não ser os melhores lugares para o surgimento de vida, de acordo com um novo estudo com dados do telescópio espacial Spitzer da Nasa (agência espacial americana).

O observatório infravermelho registrou uma grande quantidade de poeira ao redor de três pares de estrelas maduras com órbitas próximas. Segundo astrônomos, a poeira teria vindo de grandes colisões planetárias.

Para Jeremy Drake, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos EUA, planetas nesses sistemas podem colidir mais facilmente.

Drake é o líder da pesquisa, publicada na revista "Astrophysical Journal Letters".

As estrelas binárias observadas no estudo estão separadas por apenas 3,2 milhões de quilômetros (2% da distância entre a Terra e o Sol).

Os pares realizam uma órbita completa em poucos dias, mostrando sempre a mesma face uma para a outra. As estrelas têm tamanho parecido com o do Sol e provavelmente alguns bilhões de anos.

O movimento orbital das estrelas altera a força gravitacional exercida sobre os planetas, perturbando suas órbitas e aumentando as chances de colisão.


Fonte: Folha.uol.com.br

Júpiter é atacado por asteroide pela terceira vez em 13 meses

Pela terceira vez em pouco mais de um ano, astrônomos amadores detectaram um cometa ou asteroide chocando-se contra Júpiter.

As observações, possíveis pela difusão no uso de equipamentos de gravação de vídeos astronômicos, mostra que impactos no planeta gigante ocorrem mais frequentemente do que se pensava.

O objeto celeste (cometa ou asteroide) atingiu a atmosfera de Júpiter produzindo uma pequena bola de fogo. O evento foi gravado independentemente por dois astrônomos amadores japoneses, que gravaram vídeos de seus telescópios.

A observação assemelha-se a de outros nos últimos 13 meses - uma em junho deste ano e outra em julho de 2009.

ABUNDÂNCIA SÚBITA

Antes destas três observações, apenas um caso definitivo de colisão entre cometa ou asteroide contra Júpiter havia sido registrado: o choque de fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994, um evento que foi previsto com antecedência e observado em todo o mundo com o uso de telescópios profissionais.

Em 1690, no entanto, o astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini, que descobriu quatro dos mais de 34 satélites de Saturno, desenhou um evento parecido com um impacto.

Na época da colisão do cometa em 1994, astrônomos pensavam que impactos em Júpiter ocorriam uma vez a cada vários séculos. Mas as observações recentes de amadores sugerem que essa estimativa está errada.

A abundância súbita dessas observações deve-se em parte à técnica de construir imagens estáticas muito nítidas pela composição dos quadros mais claros de uma gravação, diz Glenn Orton, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana).

REDE GLOBAL

Orton e um grupo de astrônomos, liderados pelo amador australiano Anthony Wesley, sugeriram criar uma rede global de pequenos telescópios automáticos para monitorar Júpiter continuamente.

Eles enviaram a proposta a um comitê do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, que irá estabelecer prioridades para ciências planetárias para a próxima década em um relatório a ser divulgado em 2011.

Fonte: Folha.uol.com.br

Manchas solares podem mudar duração dos dias terrestres

A maioria de nós não nota, mas nem todos os dias têm a mesma duração. Agora um novo estudo mostra que as manchas solares - regiões escuras que aparecem na superfície do Sol - pode ser parcialmente responsáveis pelas curtas flutuações (da ordem de milisegundos) no tempo de rotação da Terra sobre seu próprio eixo.

A descoberta poderia ajudar a direcionar espaçonaves de forma mais precisa.

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Já existem explicações por que o comprimento dos dias varia. Mudanças nos ventos e nas correntes oceânicas podem fazer com que a velocidade de rotação da Terra diminua ou aumente para compensar, de forma a manter o momento angular total do planeta constante.

Enquanto isso, mudanças na forma como a matéria é distribuída ao redor do planeta, devido a mudanças no clima, podem afetar a velocidade de rotação da Terra.

A mais recente associação entre manchas solares - cuja abundância sobe e cai em ciclos de 11 anos - e a taxa de rotação terrestre é talvez a mais bizarra já observada.

Pesquisadores já haviam observado que a taxa de rotação flutua com as estações em resposta às mudanças nos padrões de rotação de ventos.

Agora uma equipe liderada por Jean-Louis Le Mouël, do Instituto de Geofísica de Paris, na França, descobriu que o efeito sazonal também cresce e decresce em ciclos de 11 anos, de forma semelhante às manchas solares.

ESTAÇÕES

As estações têm um efeito maior na rotação quando as manchas são escassas, a um efeito menor quando as manchas são abundantes, segundo análises de dados de 1962 a 2009.

A equipe suspeita que essa ligação entre abundância de manchas solares e taxa de rotação se deve a mudanças causadas pelas manchas sobre os padrões de vento na Terra.

Uma maneira que isso poderia ocorrer é por meio de mudanças no índice de luz ultravioleta do Sol.

Porque luz ultravioleta pode aquecer a estratosfera, manchas solares poderiam alterar os padrões de ventos, diz Steven Marcus, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana), na Califórnia.

Se comprovada a ligação com as manchas solares, a descoberta poderia ser útil no uso de antenas de rádio usadas para rastrear espaçonaves. Um erro de um milisegundo no período de rotação poderia alterar cálculos da localização da nave em milhares de quilômetros se a nave estiver a uma longa distância (próxima a Marte, por exemplo).

O estudo foi publicado no periódico "Geophysical Research Letters".


Fonte: Folha.uol.com.br

Dois dos objetos mais escuros do Universo podem gerar "luz invisível"

Dois dos objetos mais escuros no Universo podem estar produzindo luz invisível (radiação). Quando jatos liberados pelo buraco negro supermaciço existente no centro de uma galáxia colidem com matéria escura, eles podem produzir raios gama detectáveis na Terra, evidência indireta da existência da tão falada matéria escura.

Jatos de partículas são liberados de buracos negros a velocidades próximas a da luz. Como uma espécie de "arroto cósmico", eles estariam relacionados a pedaços de matéria escura que teriam caído no buraco negro.

Stefano Profumo, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e sua equipe calcularam como elétrons em um desses jatos interagiriam com a matéria escura circundante.

Eles focaram especificamente nos tipos de partículas de matéria escura previstas por duas grandes teorias: a superssimetria, que propõe que cada partícula ordinária possui um parceiro, e outra teoria que assume a existência de uma quarta dimensão no Universo.

FUSÃO DE PARTÍCULAS

A equipe descobriu que, em vez de simplesmente se chocarem, alguns dos elétrons e das partículas de matéria escura poderiam se fundir, transformando-se em uma única versão superssimétrica ou quadridimensional do elétron. Essa partícula seria pesada; a maioria da energia cinética do elétron (energia de movimento) seria usada na criação da nova partícula. Consequentemente, essa partícula ficaria quase parada.

Se a partícula decaísse de volta para a forma de um elétron e de uma partícula de matéria escura, o elétron liberaria raios gama. Ao contrário de uma partícula que se move rapidamente, como as dos jatos, essa partícula quase parada emitiria raios gama que poderiam viajar em qualquer direção. Isso potencialmente as tornaria mais fáceis de distinguir da montanha de fótons presentes no jato, diz o colaborador Mikhail Gorshteyn, da Universidade de Indiana, em Bloomington.

A ideia de que partículas de um buraco negro poderiam interagir com matéria escura para produzir raios gama já havia sido proposta, mas o estudo anterior sugeria que os raios seriam muito fracos para serem detectados na Terra.

RESSONÂNCIA

Profumo e sua equipe, no entanto, descobriu que numa faixa estreita de energia dos elétrons, quase todos os elétrons colidindo com matéria escura irão se converter em uma versão superssimétrica ou quadridimensional. Esse efeito de "ressonância" produziria raios gama que poderiam ser detectados por telescópios orbitais, como o Telescópio Espacial Fermi, da Nasa (agência espacial americana), disse Gorshteyn. Jatos

A equipe calcula que o efeito poderia explicar as frequências de raios gama medidas pelo telescópio Fermi oriundas do buraco negro no centro da galáxia Centaurus A. Mas o espectro de frequência de raios gama de outra galáxia, Messier 87, não bate com seus cálculos.

"É preciso considerar esses resultados como muito prematuros", diz Lars Bergstrom, da Universidade de Estocolmo, na Suécia. Contudo, ele acrescenta que diferenças na distribuição da matéria escura nas duas galáxias pode explicar a discrepância.

"O mais animador é que já temos alguns indícios em dados do Fermi", diz Profumo, "mas, é claro, precisamos confirmar".

O estudo foi publicado no site "arxiv.org", que reúne publicações de livre acesso em formato eletrônico.


Fonte: Folha.uol.com.br

Homem precisa abandonar a Terra logo, diz Hawking

Eis o destino humano na opinião do físico Stephen Hawking: abandonar a Terra nos próximos 100 anos ou se tornar uma espécie extinta.

"Eu vejo grandes perigos para a raça humana." A solução, diz, é abandonar o planeta e se espalhar pelo espaço.

Em entrevista ao site "Big Think", Hawking disse que existem muitas ameaças atualmente: guerras, a exploração excessiva dos recursos naturais e a quantidade exagerada de gente vivendo no planeta.

Além disso, há outro risco, diz. "Se alienígenas nos visitassem agora, o resultado seria muito parecido com o que aconteceu quando Colombo chegou à América: não foi nada bom para os povos nativos", afirmou ele.

"Esses alienígenas avançados talvez sejam nômades, procurando conquistar e colonizar quaisquer planetas que eles consigam alcançar."

Mas ele se diz otimista. "Fizemos muito progresso nos últimos cem anos. Se quisermos ir além dos próximos cem, o futuro é o espaço."

O problema são as distâncias: a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, está a mais de quatro anos-luz --as espaçonaves atuais levariam 50 mil anos para chegar lá.


Fonte: Folha.uol.com.br

Nasa divulga imagens de estrela em formação

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta terça (17) novas imagens de radiação infravermelha obtidas pela sonda Wise ("Explorador para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo", na sigla em inglês).

A imagem mostra uma estrela em formação junto com manchas que representam gás, pó e novas estrelas.

A sonda Wise começou a transmitir imagens em janeiro deste ano. Já foram mais de 250 mil imagens enviadas pela sonda, segundo informou a Nasa em comunicado.


Fonte: Folha.uol.com.br

Diâmetro da Lua diminuiu 100 metros no último bilhão de anos

A Nasa descobriu que o diâmetro da Lua diminuiu cerca de 100 metros no último bilhão de anos, graças às fotos tiradas pelo Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRB).

Foram descobertas "falhas" na crosta lunar até agora nunca vistas por meio da análise das imagens, segundo Tom Watters, do Centro de Estudos Planetários e da Terra do Museu do Ar e Espaço do Smithsonian.

Ele explicou que os registros permitem detectar que o satélite se contraiu em um passado que o cientista considera "recente", embora remeta a 1 bilhão de anos atrás. Esta descoberta proporciona chaves importantes para estudar a geologia da Lua e a evolução tectônica, dizem os pesquisadores.


Fonte: Folha.uol.com.br

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lua pode ser seca, sugere estudo com medição de cloro

O interior da Lua pode não conter água no final das contas, apesar de estudos recentes terem sugerido a existência do líquido.

Por décadas, após os astronautas da Apollo terem pousado em uma superfície lunar desolada, a Lua foi considerada seca. Mas essa visão começou a mudar em 2008, quando pesquisadores descobriram água dentro de esferas minúsculas de rocha vulcânica vítrea em concentrações semelhantes àquelas encontradas em rochas vulcânicas terrestres.

Agora pesquisadores liderados por Zachary Sharp, da Universidade do Novo México, em Albuquerque, afirmam que medições de cloro em uma dúzia de amostras colhidas nas missões Apollo sugerem que o interior da Lua sempre foi seco. A Terra contém entre 10 mil e 100 mil vezes mais água que a Lua.

O cloro está disponível em dois isótopos estáveis (cloro-35 e cloro-37). A equipe de Sharp descobriu que a versão mais pesada do elemento é mais abundante em amostras da Lua que na Terra, sugerindo que as rochas lunares se formaram em um ambiente muito seco.

Isso porque átomos de hidrogênio contidos em água ligam-se rapidamente com o isótopo pesado do cloro, formando gás de ácido hidroclórico, que sobe em direção ao espaço, deixando para trás uma maior quantidade do isótopo mais leve.

Acredita-se que a Lua tenha sido formada por destroços de uma colisão entre um objeto do tamanho de Marte e a Terra há 4,5 bilhões de anos. Segundo Sharp, à medida que a Lua fundida cristalizou-se até formar uma rocha, quantidades mínimas de água teriam se concentrado cada vez mais em quantidades menores de magma líquido.

Esse magma rico em água chegou à superfície por meio de erupções, pois era rico em compostos voláteis. Os astronautas da Apollo podem ter coletado esse magma na forma de bolhas de vidro vulcânico. É possível, no entanto, que esse magma não seja representativo da Lua.

Ainda é cedo para definir a questão da água na Lua. É preciso estudar mais amostras, principalmente de áreas ainda não estudadas pela Apollo ou por missões robóticas. O estudo foi publicada na revista "Science".

Fonte: Folha.Uol.com.br

Ciclo solar pode afetar inundações em Veneza

A melhor época para ir a Veneza e manter os pés secos ocorre quando o Sol apresenta poucas manchas, afirma um novo estudo. Picos de atividade solar fazem com que a cidade italiana sofra inundações mais frequentemente ao aparentemente mudar as rotas das tempestades sobre a Europa.

Diversas vezes durante o ano, mas principalmente entre outubro e dezembro, Veneza é atingida por uma maré excepcional chamada "acqua alta". David Barriopedro, da Universidade de Lisboa, em Portugal, e colegas ficaram intrigados com estudos mostrando que as marés seguiam um ciclo de 11 anos, como o Sol, atingindo picos quando as manchas solares eram mais abundantes.

Eles investigaram os registros do nível do mar entre 1948 e 2008, anotados de hora em hora, o que confirmou que o número de marés extremas seguia os picos no ciclo solar.

Registros de pressão atmosférica sobre a Europa durante o mesmo período revelaram que "anos de acqua alta" apresentaram muitos sistemas de baixa pressão sobre o norte do mar Adriático, enquanto que em anos de pouca acqua alta esses sistemas moviam-se mais ao sul.

Isso faz sentido porque inundações em Veneza são geradas por sistemas de baixa pressão oriundos do Atlântico. Esses sistemas permitem que os níveis do mar subam, enquanto ventos fortes sopram do sul para o norte, juntando água do mar na região de Veneza.

Em anos com baixa atividade solar, as tempestades ocorrem mais ao sul, mas ainda não se sabe exatamente como a atividade solar afeta o clima.

O estudo foi publicado na revista especializada "Geophysical Research Atmospheres".

Fonte: Folha.Uol.com.br

sábado, 14 de agosto de 2010

Hubble capta imagem de galáxia a 320 milhões de anos-luz da Terra


A Nasa (agência espacial americana) divulgou na terça-feira (11/08/2010) imagens da galáxia espiral NGC 4911, no aglomerado de galáxias Coma.

As imagens foram obtidas pelo telescópio espacial Hubble.

NGC 4911 está a 320 milhões de anos-luz da Terra e contém círculos de poeira e gás próximos a seu centro.

Os círculos aparecem recortados contra aglomerados de estrelas recém-nascidas e nuvens de hidrogênio.

A boa qualidade da imagem, obtida de uma galáxia tão longínqua, está relacionada à alta resolução das câmeras do Hubble e a uma longa exposição.


Fonte: Folha.Uol.com.br

Júpiter engoliu uma "super-Terra", aponta estudo

Júpiter deve ter assegurado sua posição como o maior planeta do Sistema Solar ao matar um rival, indicam novas simulações. O trabalho pode explicar por que o planeta tem um núcleo relativamente pequeno.

Também mostra-se assim uma imagem repugnante do antigo Sistema Solar, onde "super-Terras" rochosas e massivas eram absorvidas antes que pudessem crescer e se tornar gigantes gasosos.

Acredita-se que Júpiter e Saturno começaram como mundos rochosos com a massa de ao menos algumas Terras. Sua gravidade então extraiu gás de sua nebulosa de nascimento, dando a eles densas atmosferas.

Neste cenário, todos os gigantes gasosos deveriam ter núcleos com aproximadamente o mesmo tamanho.

Mas medições realizadas a partir de espaçonaves sugerem que o núcleo de Júpiter tem o equivalente a apenas entre duas e dez Terras, enquanto Saturno possui entre 15 e 30.

BATIDA

Mas novas simulações de Shu Lin Li, da Universidade de Pequim, China, e colegas, podem explicar a razão desta discrepância. Eles calcularam o que aconteceria quando uma super-Terra com dez vezes a massa de nosso planeta batesse em um gigante gasoso.

O corpo rochoso se amassaria como uma panqueca quando atingisse a atmosfera do gigante, e então atingiria o núcleo dele meia hora mais tarde. A energia da colisão poderia vaporizar boa parte do núcleo no processo.

Estes elementos pesados vaporizados teriam então se misturado com o hidrogênio e o hélio da atmosfera do gigante gasoso, deixando apenas uma fração do núcleo original.

Isto poderia explicar não só por que o núcleo de Júpiter é tão pequeno, mas também por que sua atmosfera é mais rica em elementos pesados quando comparado com o Sol, cuja composição parece ser espelho da nebulosa que deu origem aos planetas do Sistema Solar.


Fonte: Folha.Uol.com.br