sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cometa explodiu sobre a Sibéria em 1908, indica estudo

Um século atrás, um cometa se chocou com a Terra, afirma um novo estudo sobre o evento de Tunguska, a explosão que destruiu mais de 2.000 km2 de floresta na Sibéria em 1908. A conclusão, defendida agora por geocientistas dos EUA, saiu de uma comparação entre os recentes lançamentos de ônibus espaciais e a explosão do cometa há 101 anos --o bólido se desintegrou no ar vários quilômetros antes de chegar ao solo, devido ao atrito com a atmosfera.

A inusitada semelhança entre cometas e espaçonaves, dizem os cientistas, é que ambos podem desencadear a formação de um tipo especial de nuvem. São as chamadas nuvens noctilucentes --visíveis à noite por surgirem em baixas temperaturas a grandes altitudes e abrigarem partículas com cristais de gelo brilhantes.

Como cometas possuem alta proporção de gelo em sua composição, o impacto de um deles com a Terra liberaria uma enorme quantidade de vapor de água a grandes altitudes (até 85 km) devido ao superaquecimento causado pelo choque.

E ônibus espaciais fazem o mesmo: por usarem hidrogênio e oxigênio como combustível, liberam até 300 toneladas de vapor d'água cada vez que decolam para o espaço, fruto da reação química que gera energia para seus propulsores.

Como nuvens noctilucentes haviam sido vistas em 1908 um dia após o evento de Tunguska, alguns cientistas já haviam proposto a hipótese do impacto de um cometa. Uma coisa, porém, estava mal explicada: elas haviam sido observadas no Reino Unido e arredores, não na Sibéria. Nenhuma teoria explicava como nuvens poderiam viajar tão rápido a distância entre esses dois lugares.

No estudo divulgado ontem, liderado por Michael Kelley, da Universidade de Cornell (EUA), uma explicação para isso finalmente é apresentada. Ao observar a formação de nuvens desencadeadas por lançamentos de ônibus espaciais, os cientistas descobriram que as nuvens noctilucentes se espalham na superfície da atmosfera por um fenômeno chamado "turbulência bidimensional".

Segundo Kelley, a mesma coisa é o que acontece na superfície de uma xícara cheia. "Se você joga um pouco de creme no centro do seu café, logo ele vai se espalhar por toda a superfície", explicou o cientista à Folha em conversa por e-mail.

Segundo ele, isso acontece porque redemoinhos superficiais são mais poderosos que os profundos. "Em turbulência 2-D, redemoinhos aumentam com o tempo. Em 3-D, eles apenas se reduzem."

Segundo o pesquisador, a ideia que deu origem para o estudo surgiu um ano e meio atrás, quando ele assistiu ao lançamento de um ônibus espacial pela primeira vez.

"Assim que o vi, eu tinha a solução", diz. Ele reconhece, porém, que teve um pouco de sorte, já que ônibus espaciais não liberam vapor d'água durante todo o percurso de decolagem, só nos propulsores acionados mais no alto. "A mágica é que a espaçonave entra em ignição na mesma altitude em que o cometa se desintegra."

Fonte: folha.uol.com.br

Veículo explorador da Nasa está "preso" nas areias de Marte

Um dos dois veículos exploradores da Nasa em Marte, o Spirit, está preso nas areias do planeta e uma de suas seis rodas continua inutilizada, informou o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato, em inglês) da agência espacial americana.

O problema se deve ao fato de que uma rocha na parte inferior do veículo --que tem o tamanho de uma lavadora doméstica-- impede que outras rodas se assentem sobre a superfície. Além disso, a roda anterior direita segue inutilizada.

No entanto, longe de ser um inconveniente, o local onde o Spirit se encontra, batizado como "Troia" pela Nasa, é uma bênção para os cientistas, porque possibilita a reunião de boas informações sobre o ambiente do planeta, disse o JPL em comunicado.

"Foi uma casualidade. Troia é um dos locais mais interessantes pelos quais o Spirit já passou", disse Louis Arvidson, um dos diretores de pesquisa científica do veículo e de seu "gêmeo", o Opportunity. Segundo cientistas do Centro Espacial Johnson da Nasa em Houston (EUA), dados iniciais apontam para a presença de ferro na forma de sulfato férrico.

Por outra parte, as diferenças de cor observadas na superfície pela câmera panorâmica do Spirit poderiam ser atribuídas a diferenças na hidratação dos sulfatos férricos, segundo os cientistas.

A pesquisa sobre o ambiente marciano em Troia se viu beneficiada também pelos ventos que sopraram sobre a região em abril e maio últimos e que limparam os painéis solares do Spirit e aumentaram sua provisão de energia.

"Se o veículo fica preso, é bom que isso tenha ocorrido em um local tão interessante cientificamente", afirma Richard Moddis, cientista do Centro Espacial Johnson.

O Spirit e o Opportunity desceram em pontos opostos da superfície marciana em janeiro de 2004.

Fonte: folha.uol.com.br

terça-feira, 2 de junho de 2009

Astronauta voa em 'tapete mágico'

Astronautas da Estação Espacial Internacional estão conduzindo uma série de experimentos baseados em sugestões do público.

Os testes têm o objetivo de examinar os efeitos da microgravidade, mas também deram a oportunidade ao astronauta japonês Koichi Wakata de se divertir tentando criar seu próprio tapete mágico.

O astronauta também esguichou água com um canudo e uma seringa para observar como o líquido flutua no espaço.

Assita o vídeo clicando aqui: bbc.co.uk